O candidato, nos braços de apoiadores, acompanhado por milhares de pessoas, trajando camisa que diz “Meu partido é o Brasil”, verde e amarela, é esfaqueado, cai e sai socorrido pelo povo. Coordenadores de todas as campanhas admitem que a cena trágica protagonizada por Jair Bolsonaro (PSL) mudou a história da eleição. O atentado, dizem, só reforça que esta deve ser uma campanha contra a violência. Corroborando assim, com o que Bolsonaro vem defendendo há anos. O atentado ocorreu na tarde desta quinta-feira 6 durante um ato de campanha de Bolsonaro na cidade de Juiz de Fora (MG).
O autor do atentado contra o presidenciável tem forte envolvimento com a esquerda nacional e sulamericana. Adelmo Bispo de Oliveira foi filiado ao PSOL até 2014, e ultimamente era ardoroso defensor e apoiador do PT, como comprova suas postagens em redes sociais e suas participações em protestos petistas e de apoio ao movimento Lula-Livre. A julgar pelo tamanho da faca usada no atentado, a intensão certamente não era apenas de ferir ou assustar.
O filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Bolsonaro disse, vinha deixando claro nas entrelinhas a respeito de uma possível vitória no primeiro turno, e complementou na madrugada desta sexta-feira (7), que o ataque a faca sofrido pelo pai vai eleger o capitão reformado no primeiro turno. “Ele está mais forte do que nunca, consciente, conversando, bem-humorado. Um recado para esses bandidos que tentaram arruinar a vida de um cara que é um pai de família, que é esperança para todos os brasileiros. Vocês acabaram de eleger o presidente, vai ser no primeiro turno”, disse Flávio Bolsonaro.
O filho do candidato do PSL à Presidência, deu a declaração ao deixar o hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG) e foi aplaudido por apoiadores. Outro filho do presidenciável, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) disse que a faca “entrou 12 centímetros, foi por um milagre que ele tá vivo. Se ele demorasse mais cinco minutos para chegar no hospital, ele teria morrido”, disse Eduardo, que acrescentou que a primeira equipe de atendimento foi responsável por salvá-lo.
O ataque deixou perplexos integrantes dos três Poderes. O presidente Michel Temer relatou o assunto a aliados com preocupação. No Supremo, um ministro resumiu o clima: “Estamos todos chocados”.
Sempre ela: A cúpula do PT orientou integrantes do partido e deu ordem de que só fossem feitas manifestações de solidariedade a Bolsonaro. A primeira reação da ex-presidente Dilma Rousseff. “Quando se planta ódio, colhe tempestade”, não interpretando a orientação da cúpula, demostrando completo desrespeito ao pleito político e ao estado convalescente do opositor internado.
As pesquisas dos vários institutos de pesquisa do país, apesar de evidenciar o índice de rejeição, já reconhecem o candidato Jair Bolsonaro no segundo turno da corrida presidencial, e essa informação vem acompanhada também pela visão de alguns marqueteiros dos opositores de Jair Bolsonaro.
Já os partidários, a equipe de marketing e campanha, assim como as manifestações nas mídias sociais, na casa de milhões, viam uma grande possibilidade de a vitória se concretizar no primeiro turno; sendo essa um possível estímulo ao atentado.
Bolsonaro foi operado na quinta-feira (6), a transferência da Santa Casa de Juiz de Fora para o centro médico da capital paulista foi decidida pela família após médicos considerarem o estado de saúde dele “extremamente estável”.
A cúpula do Einstein considerou que a transferência correu bem. Os principais riscos que serão monitorados são pneumonia (pois o candidato ficou muito tempo em choque e perdeu cerca de 2 litros de sangue) e infecção (por causa do vazamento de massa fecal na cavidade abdominal).