A inflação na terra dos ‘hermanos’ se aproxima de 90%, caminhando para se igualar à Venezuela, que chega aos 300%.
Má gestão financeira e organizacional tem sido um problema constante dos governos argentinos ao longo dos últimos anos. A Argentina chegou ao maior nível de inflação dos últimos 30 anos, registrando 88% ao ano, no último mês de outubro.
Enquanto isso, o Brasil é o maior credor líquido internacional da América do Sul, tendo mais reservas do que dívidas em dólares. Segundo informações do Tesouro Nacional, o país possui aproximadamente US$330 bilhões em reservas.
E é de olho nesse patrimônio, que os argentinos estão de olho, contando com o apoio do amigo recém empossado na Presidência do Brasil, juntamente com todo o alto escalão do Governo Brasileiro.
O projeto da moeda comum, segundo o
embaixador Argentino, não excluiria as outras em circulação nos países do continente, tenta amenizar o Embaixador.
“Não significa a exclusão das moedas em circulação, mas a criação
de uma unidade de valor real para a integração regional”.
“A moeda quer unificar o bloco devido à crise da globalização”, completou. Scioli chegou ao Ministério da Fazenda, na Esplanada, ao meio-dia e saiu próximo das 13h. Na agenda, o encontro duraria apenas 15 minutos.
O embaixador afirmou que o objetivo dos governos Lula e Alberto Fernández é “promover mais integração energética e financeira, possibilitando mais intercâmbio comercial entre nossos países”.
Dólar e crise
A Argentina enfrenta uma longa crise econômica com juros básico atingindo o patamar de 70% ao ano e uma hiperinflação que supera o patamar de 80%. Diferente do Brasil, a economia do país vizinho é dolarizada e a moeda comum deverá ter o papel de depender menos do dólar no intercâmbio comercial no Mercosul.
O dólar contra o peso argentino é negociado acima dos 178,44 pesos.
No caso do Brasil, o Banco Central (BC) mantém a Selic a 13,75% enquanto a inflação está em 5,90%, conforme o IPCA. No caso do dólar, o mercado interno é atingido pelos combustíveis devido ao PPI da Petrobras.
De acordo com economistas, o acordo é claramente benéfico à Argentina, jogando para as costas do Brasil um desequilíbrio econômico causado por uma má gestão de décadas. Por outro lado, impedindo a curva acentuada de crescimento do Brasil perante a economia interna e principalmente em seus interesses da economia global.
Ronaldo Ribeiro
Jornal Publi Cidade
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