Depressão, uma das piores conseqüências após a separação do casal

     Quase sempre a separação é um processo doloroso e provoca desequilíbrio emocional e um desgaste muito grande.

Atualmente os casais se divorciam não porque o casamento não seja importante. Pelo contrário, justamente por ter uma grande importância é que não aceitam que a união não corresponda às expectativas iniciais de um relacionamento. Muitas vezes, os divorciados buscam o recasamento depois de um certo tempo.

Quase sempre a separação é um processo doloroso e provoca desequilíbrio emocional e um desgaste muito grande. Vivencia-se o luto. É impossível prever a duração deste luto, que muitas vezes começa antes mesmo da separação.

Alguns casais, sem perceber, deixam vir à tona sintomas de uma vida conjugal atrofiada, com depressão, caracterizando uma situação de luto mesmo. Outros só se sentem de luto depois da decisão final. Nesta fase, é importante antes de tudo admitir, aceitar o fim do relacionamento. É o momento de aprender a dizer ‘eu’ em substituição ao ‘nós’.

Existem, mas são raras as pessoas que lidam bem com a separação. A grande maioria passa mesmo por um luto, com dificuldades e medos de recomeçar a vida sozinha. A dor é grande e a sensação é de que esta dor não terá fim.

Em alguns casos, depois de todo o processo de sofrimento, o casal volta a se unir. No início da separação, porém, a única certeza é de que a relação acabou e que o casamento não existe mais. Mas pode ser negativo para qualquer uma das partes se agarrar muito a esta expectativa. Pode não acontecer e o sofrimento será maior.

Hoje percebe-se que a separação a cada dia vem sendo aceita pela opinião pública com menos hostilidade.

Quanto à terapia de casais, em um momento deste não tem como objetivo reforçar a ruptura nem a manutenção da relação. O compromisso da terapia é promover o equilíbrio emocional das partes.

Assim que a separação é concretizada, as necessidades afetivas se tornam imensas. Busca-se o conforto em uma nova relação, transformando esta busca, quase sempre, em um pedido de socorro.

A ansiedade é tanta que a busca quase sempre se torna desequilibrada. O indivíduo esquece, ou nunca percebeu, que a pessoa só está efetivamente pronta para a relação a dois quando é capaz de saber enfrentar sozinha seus problemas.

Isso pode ser trabalhado em uma psicoterapia individual, que é um recurso para ajudar a pessoa a entender melhor a si mesma, auxiliando-a a encontrar maneiras de enfrentar as inúmeras dificuldades presentes neste momento.

 

Fonte: Marilandes Ribeiro Braga, psicóloga e terapeuta sexual 

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