Dep. Leandro de Jesus fiscaliza Hospital em Porto Seguro, após vídeo de ratos na Unidade, lixo hospitalar à céu aberto e descaso com os Profissionais de Saúde.

No último domingo (9), o Deputado Leandro de Jesus (PL) esteve em uma visita surpresa de fiscalização no Hospital Luiz Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, no Extremo Sul da Bahia; após centenas de denúncias e reclamações da população e do corpo clínico do Hospital. As informações sobre o estado lastimável de falta de material básico para o trabalho, filas intermináveis e demoradas e o descaso com a higiene, como a presença de ratos, foram encaminhadas ao Deputado Leandro de Jesus através da também atuante e combativa Jessica Volk, moradora do Arraial d’Ajuda, Porto Seguro – BA.

A imagem da existência de ratos filmados por uma paciente, chocou a equipe do Deputado Leandro, em Salvador, que imediatamente preparou sua equipe e se deslocaram imediatamente para Porto Seguro, numa longa viagem de 710 Km, encontrando com Jéssica e sua equipe no estacionamento do Hospital, para iniciarem a busca de informações junto à Administração daquela Unidade de Saúde, de responsabilidade do Governo do Estado da Bahia.

As denúncias da população de Porto Seguro são de lamentos dolorosos e humilhantes de pessoas que aguardam vagas até por dias na recepção da emergência; pessoas em inúmeras macas nos corredores internos aguardando para serem atendidos, fora da visão daqueles que ali frequentam, mas também sem o atendimento minimamente necessário para a dignidade humana. Além das constantes reclamações de acompanhantes sem acesso e sem informações de seus entes, sejam eles adultos, bebês, crianças ou idosos.

Além dessa intensa dor dos portossegurensses, também chamou muito a atenção da equipe do Deputado e da equipe da Jéssica a informação vinda dos Profissionais de saúde que ali atuam, que sempre precisam improvisar para salvar vidas e aliviar a dor daqueles que ali estão, esperando um mínimo de respeito no pronto atendimento do Estado.

A primeira denúncia dos profissionais foi que o Hospital demitiu um colega médico pelo simples fato de ele ter manifestado a realidade em que se encontra aquela Unidade de Saúde quanto a falta de insumos básicos e pagamentos atrasados dos profissionais de saúde.

Um profissional que pediu para não ser identificado, relatou ao Deputado que a além da pressão para ficarem calados, constantemente faltam medicamentos, e quando o fato é levado à direção, eles sugerem que usem qualquer outro medicamento que tenha. Os cirurgiões reclamam que faltam materiais e fios adequados para cirurgia, e de forma alguma pode ser comentado ou relatado nos corredores e em reuniões. Nos partos cesárea, os pais não podem entrar porque não tem roupa, enquanto a Direção obriga os profissionais a falarem que o pai não pode entrar porque é o protocolo. O Hospital não consegue mais contratar Pediatra disposto ao trabalho porque o hospital paga muito pouco, não recebe em dia e o volume de crianças direcionadas para lá vem aumentando a cada dia. Recentemente 2 obstetras pediram desligamento por causa do aumento de trabalho e pagamentos constantemente atrasados.

No primeiro instante, o Deputado dirigiu-se à Recepção e à Assistência Social, identificou-se como Deputado Estadual, relatando que estava ali cumprindo sua função parlamentar de fiscalizar aquela Unidade de Saúde Pública, amparado pela Constituição Federal, Cosntituição do Estado da Bahia, pelo clamor da população e pelo pedido de Socorro do Corpo Clinico daquele hospital.

Após um logo tempo na tentativa de falar com um responsável da Administração, sem sucesso, o Deputado foi informado que aos finais de semana não há ninguém que responda pelo hospital, seja em âmbito administrativo, seja para tomar uma decisão de caráter emergencial para resolver algo concernente ao atendimento daquele Hospital Regional.

Um atendente da Assistência Social, pressionado pela sua chefia e orientado ao telefone para não passar nenhuma informação ao Parlamentar, passou 2 números de telefones ao Deputado, supostamente de 2 pessoas que responderiam pelo Hospital e que poderiam falar ao telefone; mas ao tentar ligar, o Deputado não logrou êxito, pois a pessoa que atendeu disse que era engano e que ela não sabia do que se tratava, alegando “número errado”.

O Jornal Alô Porto em seu Instagram, trouxe um vídeo curto de uma paciente que estava internada, onde mostrava um grande número de ratos circulando numa área próxima à cozinha e próximo às tampas de reservatórios da água do hospital.

As 2 equipes de fiscalização circularam por todo o perímetro externo do hospital, encontrando um grande volume de entulho, lixos variados e principalmente lixo hospitalar. As imagens registradas pelo Deputado Leandro mostram que o material foi jogado no chão em sacolas comuns, sem o armazenamento específico exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Encontraram também ambulâncias sucateadas envolvidas em matos, possível esconderijo de roedores e cobras.

O lixo hospitalar pode representar riscos à saúde humana e ao meio ambiente se não forem adotados procedimentos técnicos adequados no manejo dos diferentes tipos de resíduos químicos gerados.

Alguns exemplos de lixo hospitalar são materiais biológicos contaminados com sangue, peças anatômicas, seringas e outros materiais plásticos; além de uma grande variedade de substâncias tóxicas, inflamáveis e até radioativas.

A presença da grande quantidade daquele lixo ali justificou a presença de uma enorme quantidade de ratos e baratas no interior do hospital, em que pacientes vem filmando constantemente e publicando nas redes sociais, com grande risco de proliferação de infecções hospitalares ou doenças mais graves, uma delas seria a leptospirose, pela presença dos ratos.

A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela Leptospira interrogans. Ela é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente roedores. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama contaminadas pode se infectar.

O Deputado Leandro de Jesus acompanhado de Jéssica Volk orientou às suas equipes que ficassem ao lado de fora, de forma discreta, para não causar nenhum desconforto aos pacientes ou acompanhantes que ali estavam com seus lamentos pessoais, muitos alegando um enorme tempo de espera. Assim como também não impôs a sua entrada em nenhuma das dependências do hospital, jogando por terra quaisquer narrativas, da classe política que não concordam com suas iniciativas de fiscalizar Instituições do Governo do Estado.

Pacientes que estavam na parte de dentro do hospital fizeram grandes filmagens dos corredores lotados, assim como relatos de pacientes, imagens de macas e das dependências internas, e repassaram para o Deputado, para somar à pasta de arquivos que corrobora com o real estado de funcionamento do Hospital Luiz Eduardo Magalhães, de Porto Seguro – BA.

Em conversa direta com o Deputado, Leandro deixou claro à edição deste Jornal, a sua gratidão à Jessica Volk, reafirmando que sem ela ele não teria acesso a informações tão detalhadas do real estado do Hospital, beneficiando claramente a toda a população da cidade de Porto Seguro.

Reafirmou a parceria no trabalho, tendo nela a sua única liderança “raiz” da Direita em Porto Seguro – BA. Informação também já reafirmada por João Roma, ex ministro de Bolsonaro e atual Presidente do PL-BA.

Em respeito ao Corpo Clínico do Hospital Luiz Eduardo Magalhães, transcrevemos abaixo o MANIFESTO DE REPÚDIO dos Médicos direcionado aos Corpo Diretor, ao Secretário de Saúde do Estado e ao Governador do Estado da Bahia.

Manifesto de Repúdio

“Os médicos do Hospital Deputado Luís Eduardo Magalhães vêm a público expressar sua indignação com o tratamento dispensado pelo Governo do Estado da Bahia a esta unidade hospitalar.

Enquanto críticas e reclamações nas mídias sociais recaem injustamente sobre médicos e funcionários, o Governo do Estado permanece isento de responsabilidade pela atual situação do nosso hospital.

Não podemos nos calar diante da deterioração dos serviços prestados devido à omissão dos gestores responsáveis. É impossível trabalhar adequadamente com a falta de materiais básicos e a insegurança financeira que enfrentamos. É essencial que a Secretaria de Saúde da Bahia trate Porto Seguro com a mesma atenção dedicada a outros municípios.

É revoltante ver novos hospitais sendo construídos, como o Costa das Baleias em Teixeira de Freitas, com recursos quase ilimitados, enquanto nosso hospital está à beira do colapso administrativo.

Atualmente, enfrentamos uma constante falta de insumos, uma constante falta de materiais para cirurgias e uma escassez de profissionais especialistas devido aos frequentes atrasos salariais. A verdade é que nossa unidade está sendo sucateada, apesar das tentativas dos responsáveis de ocultar essa realidade com mentiras.

Aqueles que convivem diariamente com essa situação não podem deixar de alertar a população e esclarecer quem são os verdadeiros culpados.

Gostaríamos de levantar alguns questionamentos ao Governo do Estado: por que a licitação para a escolha da nova empresa gestora se arrasta há tanto tempo? Por que nunca somos priorizados na alocação de recursos estaduais? Por que a Bahia investe apenas em algumas cidades, enquanto outras são deixadas à própria sorte?

A maior dúvida é: a população de Porto Seguro merece menos respeito do que as demais?

Não podemos aceitar essa desigualdade no tratamento dispensado pelo Estado. Não somos profissionais menos importantes. As vidas dos portosegurenses não são menos importantes!

Aguardamos uma resposta daqueles que dizem cuidar da saúde dos baianos.

Atenciosamente,

Corpo Clínico Médico do HRDLEM

Porto Seguro, 07/06/24”

Edição e atualização: Ronaldo Ribeiro