O povo argentino já começa a sentir as duras consequências de um governo que promoveu o mais longo lockdown do mundo. Além, é claro, das décadas de governo populista, se revezando entre peronistas e kircherianos.
O desabastecimento é tão grande no país que itens como papel higiênico, guardanapo, cacau e café já não têm mais nas prateleiras dos supermercados e, nas lojas, faltam até tênis.
Os fornecedores preferem não vender os estoques porque não sabem a que preço vão repor as mercadorias e nem se vão conseguir repor. Sem preço de referência, alguns comerciantes também optam por não vender ou vendem com aumentos preventivos de acordo com a variação do dólar que disparou, impulsionado pelo descontrole econômico e político.
Quem tem estoque presente, procura preservá-lo porque não tem fluxo futuro. Não pode voltar a produzir o bem que possui. Então, prefere não vender no mercado. O comerciante sabe que pode ficar sem reposição. Por via das dúvidas, segue a subida do dólar e usa o dólar paralelo como referência. Com isso, começamos a ver preços exorbitantes.
o governo tem problemas também com uma monstruosa dívida interna em moeda local. A Argentina é uma máquina de imprimir dinheiro sem respaldo e não há mais apetite do mercado para renovar essa dívida mesmo com aumento dos juros.
Sem poder político, o governo fica limitado para poder corrigir as contas públicas, especialmente o déficit fiscal. Uma prova disso é que, a partir desta quinta-feira, movimentos políticos, sociais e sindicais começam a pressionar nas ruas por aumentos salariais, por mais planos assistencialistas e por uma ruptura com o FMI. Esses movimentos são aliados de Cristina Kirchner.
Cristina Kirchner não se pronuncia sobre as promessas da ministra Batakis ao mercado, mas coloca nas ruas os movimentos sociais e de trabalhadores que lhe respondem. E isso é um sinal: ela está falando através de terceiros.
Por: Ronaldo Ribeiro – Jornal Publi Cidade
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