O grupo de Lima, que inclui o Brasil e outros 12 países, anunciou nesta sexta-feira (4), na capital peruana, que não reconhecerá o governo venezuelano se o presidente Nicolás Maduro assumir um novo mandato em 10 de janeiro, por considerar que se trata de resultado de eleições ilegítimas.
A decisão não foi unânime, uma vez que o México, agora sob o governo de esquerda de Andrés Manuel López Obrador, se recusou a assinar a declaração.
“Trouxemos para cá a proposta muito clara de acrescentar na declaração uma exortação ao Maduro para que ele não assuma o segundo mandato, que começaria em 10 de janeiro, porque, todo mundo conhece, este mandato não resulta de uma eleição legítima”, disse o chanceler brasileiro Ernesto Araújo, que fez sua primeira viagem internacional no cargo.
Araújo acrescentou que o Brasil não chegou a pensar num rompimento diplomático completo e que “não considera” uma solução militar para mudar o regime venezuelano, como o presidente americano Donald Trump já chegou a mencionar. “Achamos que temos instrumentos políticos para induzir uma mudança rumo à democracia”, disse o chanceler brasileiro.
Grupo de Lima
O Grupo de Lima foi criado em 2017 por iniciativa do governo peruano com o objetivo de pressionar para o restabelecimento da democracia na Venezuela. Além do Brasil e do Peru, mais 11 países integram o grupo – Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá e Paraguai.
Fonte: Alan Severiano, Portal G1